II Encontro das UTT’s de Vila Velha com Cerimônia de Entrega do Livro “Sagrada Ancestralidade”

Livro faz mapeamento e perfil das casas religiosas de matriz africana de Vila Velha

Na semana em que celebramos o ‘Dia da Consciência Negra” o Museu Vivo da Barra do Jucu dá uma importante colaboração na luta contra a discriminação e o preconceito racial e a intolerância religiosa, com o lançamento do livro “Sagrada Ancestralidade” – Mapeamento das Unidades Territoriais de Matriz Africana sediadas em Vila Velha- ES.

O evento de lançamento do livro acontece no próximo domingo, 24 de novembro de 2024, a partir das 15h, no República da Barra Bristrot, na Barra do Jucu, com a participação de lideranças religiosas de matriz africana de todas as cinco regiões de Vila Velha.
Será uma festa de confraternização e celebração da luta do povo negro para manter suas tradições religiosas e culturais.

De acordo com o coordenador do Projeto Sagrada Ancestralidade, Sebastião da Silva Rodrigues, o Sebaba, foram entrevistados 78 representes de casas de matriz africana em todas as regiões do município.
As entrevistas se transformaram em gráficos e mapas que traçam o perfil da situação social, econômica, localização e diversas outras informações sobre estas casas, seus representantes e frequentadores em Vila Velha.

Traz ainda registros fotográficos e dados sobre a história dos povos negros no Brasil e no Espírito Santo, destaca leis e políticas públicas para o povo negro e características das práticas e celebrações da Umbanda e do Candomblé. “É um estudo que levou dois anos para ser concluído e desejamos que se transforme num instrumento de fortalecimento da luta do povo negro contra o preconceito e a intolerância religiosa”, afirmou Sebaba.

A programação preparada pelo Museu Vivo da Barra do Jucu, para o lançamento do livro e encerramento do projeto Sagrada Ancestralidade, conta com atrações musicais, danças e confraternização.

Segundo Sebaba, o evento vai ter apresentação de congo com o Grupo Madalenas do Jucu, capoeira do Quilombo de Queimado com o Mestre Bininha, dança com Tribal Icsander, os tambores de todos os terreiros de Vila Velha e a exposição da artista plástica Kotha Moreno.

Até um amigo oculto está previsto na programação para a confraternização entre os representes e participantes das casas religiosas e do projeto.

“O amigo oculto é livre e quem quiser participar é só trazer um bom presente e curtir a festa pré-natalina dos povos tradicionais de matriz africana de Vila Velha”, afirmou Sebaba.

PROGRAMAÇÃO:

15h00 – Abertura c/ Entrada Gratuita p/ todo público e entrega da senha do amigo oculto + Cadastro das Casas de Vila Velha na Federação Espírito Santense dos Povos Tradicionais de Matriz Africana;

15h30 – Entrega de exemplares do Livro Sagrada Ancestralidade;

16h30 – Troca de amigo oculto entre as casas;

17h00 – Informes sobre o Afoxé OMO ILÚ e o carnaval de 2025;

17h30 – Atração musical dos Tambores do Terreiro + Roda de Capoeira e Congo.

Também iremos contar com o Grupo de Congo Madalenas do Jucu + Capoeira Quilombo do Queimado, com Mestre Bininha + Dança Tribal com Icsander + Tambores do Terreiro de Vila Velha + Exposição de Arte Negra da artista Kotha Moreno.

O projeto “Sagrada Ancestralidade” mapeou as Instituições de Matrizes Africanas existentes no município de Vila Velha, sendo executado através do Chamamento Público Nº 002/2022, utilizando os recursos do Funcultura Municipal / Prefeitura Municipal de Vila Velha, por intermédio da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo – SEMCULT, somado aos recursos do Funcultura Estadual – Secretaria de Cultura do Estado do Espírito Santo – SECULT/ES.

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