Pesca

➡️ Pesca na Barra do Jucu
Fazendo parte da grande Fazenda Araçatiba, fundada pelos Jesuítas e administrada no século XIX pelo Coronel Sebastião Vieira Machado, a Barra do Jucu é das comunidades mais antigas do ES. Com a pesca sendo desde início seu sustento, pescadores da localidade costumavam subir o Rio Jucu até a Vila Rubim, para escambo de seus pescados, utilizando para isso do Canal dos Jesuítas.
.
🐡A atividade pesqueira sempre esteve e ainda se faz presente na Barra do Jucu. Com tecnologia simples, os pescadores locais são conhecedores das sazonalidades que os rodeiam.
.
🐠O passar do tempo, que traz em seu bojo transformações externas que mudam territorialidades, impuseram novas dinâmicas aos pescadores locais.
Em suas baiteiras, a remo ou motor, comumente os dois pescadores que compõem a tripulação, utilizam redes de espera ou anzol para a pesca. As condições climáticas e de pesca cuja observação era feita pelos antigos através das nuvens, das aves e dos ventos, hoje já é pesquisada em sites que falam do assunto. A Praia do Peitoril, conhecida como Praia do Barrão, depois da iluminação espantou cardumes e a Praia da Concha, antes vista como dos pescadores, hoje é dividida com banhistas. A pesca no Rio Jucu, alternativa nos dias em que o mar não sinalizava bons peixes, também não é mais possível. A degradação do Rio Jucu acentuou a falta do pescado.
.
🦈Há pelo menos quatro gerações de pescadores artesanais que coexistem na Barra do Jucu. Se há alguns séculos bastava seguir o Canal dos Jesuítas para comercializar o pescado, hoje com toda a modernidade existente, os pescadores enfrentam dificuldades em sua pesca, sua comercialização e, consequentemente, em seu sustento. Além do oficio artesanal da pesca, muitos também têm um outro emprego. Não é mais possível viver só da pesca.

🐠

➡️Fonte: Tempo e Espaço entre Pescadores da Praia da Concha, Vila Velha – ES – Márcio de Paula Filgueiras
Fonte: Ruínas dos Jesuítas – Religiosos do ES Publicada em 26/07/2016 por Morro do Moreno

Projeto: Eternamente Barra 2021

Apoio: Funcultura e Secretaria da Cultura do governo do estado do Espírito Santo – SECULT/ES.